17 de jan. de 2017

Opinião: financiamento público do Carnaval

Acredito que uma das melhores decisões tomadas pelos prefeitos de vários lugares do Brasil é cancelar o financiamento público para os carnavais. É uma decisão mais do que compreensível quando sabemos que estamos vivendo uma das piores crises financeiras dos últimos tempos, que atinge diretamente as finanças da União, Estados e Municípios, entre outros problemas. Faltam recursos pra saúde, educação, segurança, infraestrutura e pra tantas outras políticas públicas que são extremamente necessárias e essenciais para o bem-estar da nossa população. É chegado o tempo de que os gestores escolham prioridades pra governar, escolhendo então o que realmente é importante pro povo, deixando de lado gestos populistas e a famosa política de “pão e circo”. Eu mesmo sou apaixonado por carnaval e estou sempre presente nos famosos carnavais de Jaguari, que frequento desde criança. Ainda me lembro dos meus primeiros carnavais lá, em que minha mãe Nilda Silveira me levava junto com minhas primas e primos. Também me recordo dos que fui em São Francisco de Assis no Clube Assisense e aqui em Santiago no Grêmio. Sobre tudo isso acredito e defendo que essa festa pode e deve ser custeada pela iniciativa privada. O exemplo mais notório que temos em nossa região é Jaguari, que agora pelo segundo ano consecutivo terá toda festa organizada pelo setor privado, que já em 2016 mostrou que é possível se fazer uma grande festa sem gastar recursos públicos e ao mesmo tempo manter a qualidade do evento. Com isso ganham todos. Ganha o povo que não perderá sua festa, ganha as prefeituras que vão reservar seus recursos para os serviços essenciais, ganha a iniciativa privada que terá seu lucro e ao mesmo tempo gerará empregos para centenas de pessoas que serão contratadas para trabalhar durante o evento. A realidade dos pequenos municípios é realmente diferente das capitais. Mas com toda certeza que terá inúmeros empreendedores dispostos a investir nos grandes carnavais, lucrando com a divulgação da marca de suas empresas. Os gestores devem se adaptar a mudança de conceitos e a necessidade de se priorizar ações e atividades dentro da gestão pública. Temos exemplos brilhantes de eventos que passaram a ser administrados pelo privado e conseguiram manter o mesmo padrão, com preços acessíveis a todos os públicos. É tempo de mudança e tenho certeza que a população apoiará medidas como essas!

Ativista, 21 anos, estudante de direito e editor do blog.

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